8/16/2006

Exercício de futurologia. A resposta certa era a opção B.


Nos excelentes livros A Terceira Onda e Choque do Futuro, escritos na década de 70 e 80, Alvin Toffler tece um exercício filho-da-puta de futurologia e acerta muito sobre a realidade de nossos tempos frenéticos. Só pra você ter uma idéia, o autor passava 10 anos viajando pelo mundo e fazendo pesquisas para fechar uma obra.

Em “A Terceira Onda”, especialmente, ele cita a Revolução Tecnocientífica, com suas diversas definições mundo afora, e teme que tudo poderia se transformar em, pura e simplesmente, mais do mesmo.

Essa passagem não sai da minha cabeça, nunca saiu. Acho que é o que chamam de “idéia fixa”. Coisa de maluco, vá entender.

Mas fugindo do lugar comum do papo pseudo-intelectual, que só enche o saco e não leva à porra nenhuma, e entrando na seara da praticidade, do questionamento direto, pergunto:

Pra onde o mundo está indo com toda essa pressa tecnológica irracional?

Essa, segundo o próprio Toffler, é uma pergunta típica de alguém da segunda onda de mudanças. De alguém que ainda sofre as más influências da Revolução Industrial do século XVIII. Talvez sim, do ponto de vista daquela década de conclusão da obra, que por aqui ficou conhecida como "perdida". Hoje, no entanto, estou aqui nesse futuro "previsto" e não consigo ver nada realmente diferente do famigerado: mais do mesmo.


Não há dúvidas de que o cara atirou no que viu e acertou no que também viu. Nem de longe, porém, foi aonde apostou suas fichas.A resposta certa era a opção B.